Calma, o título é não é o que parece. Sin tetas no hay paraíso é o nome de uma minissérie colombiana de sucesso que estreou lá em agosto de 2006. E que inspirou a promoção da danceteria costarricense. A primeira vez que ouvi o título, numa chamada no Canal Caracol, em Bogotá, cai na risada. Meu amigo gaúcho e companheiro de viagem também. Gaiato, perguntou ao nosso anfitrião:
-Eu quero comprar uma camiseta desse programa. Onde eu consigo uma?
Eu pensei: 'deve ser uma novelinha trash estilo comédia de jovem retardado americano na puberdade'. Que nada! O título é a coisa mais kitsch que já ouvi nos últimos tempos, sem dúvida. Mas Sin tetas... é uma mistura de drama com suspense, adaptação de um livro inspirado em histórias reais.
A protagonista, Catalina, é uma adolescente linda e pobre como suas vizinhas de Pereira, uma cidade lá pros lados de Medellín. Tinha o mesmo sonho delas: virar a preferida de um traqueto (traficante) e passar a vida sendo recompensada com muito dinheiro pra gastar com roupas, sapatos e perfumes. Mas, diferente das amigas - a melhor delas era a Jéssica, La Diabla - ela não tinha peitão. E sin tetas no hay paraíso. Logo, para realizar o desejo número 1, a virgem Catalina precisava arrumar o que a natureza lhe negou. Depois de ser rejeitada por um chefão do tráfico por ser lisinha como uma criança, ela topa encarar o guarda-costas do sujeito mesmo. Afinal, ele prometeu arrumar o dinheiro para a cirurgia. Mas, na hora H, no estábulo, o cara não chegou sozinho. E essa é só a primeira das muitas tragédias da vida da Cata.
Apesar daqueles exageros de dramaturgia latina - a mãe dela, favelada, só usava sutiã meia-taça, acordava impecavelmente escovada e com as pestanas imensas, lindas, cheias de rímel preto que não borrava nunca - a minissérie é boa à beça. Não perdia um capítulo em Bogotá. Vim embora antes de ver o final. E rasguei sofregamente o pacote que meu anfitrião me enviou com o livro, alguns meses depois do meu regresso.
Ah, Sin tetas... estréia hoje no canal Telecinco, na Espanha. Eles compraram os direitos e refilmaram a história.
terça-feira, 8 de janeiro de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário